Então pra quê ?

E se a gente fosse descartável? Mas não no sentido pejorativo óbvio, mas institucionalizado??? Se fôssemos oferecidos em prateleiras , freezers, na versão in natura ou pré-cozida??? Sem gordura trans ou conservantes, mas politicamente corretos, bem embalados, recicláveis!!!!!!!

E se assim o fosse, e se não tivéssemos apegos e emoções por rememorar, bjos pra sentir nos lábios quando estivéssemos sozinhos, afagos pra guardar na memória do tato, ou paixões e saudades por nutrir eternamente??? Apenas amores e emoções por sentir deliberadamente quando fossêmos arrastados da gôdola…Seria a vida mais fácil? Melhor pra se lidar???

Hum…Temo que não, porque embora pudéssemos nos trasformar e assumir uma nova identidade, uma nova embalagem a cada reinvenção; buscaríamos na criatura refeita as virtudes e qualidades dá que fomos antes… Não nos conformaríamos com a mudança, e experimentaríamos cotidianamente a nostalgia e a saudade de nós mesmos; do que fomos antes, o que certamente nos atormentaria por toda a vida, até que um dia nos encontrássemos de novo.

Difícil.

Abstêmio…

Agora a noite bateu a crise de abstinência…Mesmo cansado, exausto depois do dia de hoje, tive vontade de entrar no ar; de falar, conversar com gente que mora longe, que não me conhece, não me vê, mas que atentamente me ouve…

Nos últimos dias tenho sentido uma vontade imensa de falar, bater papo, dar conselhos, entrar nas casas e nas vidas de gente que me ouve, ama, acompanha; sem sequer saber quem eu sou, sem me ver, tocar, aferir meu defeitos, fraquezas, vícios, virtudes, vontades.

Hoje como nunca estou sentindo falta do estúdio, da solidão e do frio do meu canto, que ao tempo em que era só meu, também pertencia ao mundo inteiro. Hoje tô sentindo saudade da ida e da volta pra casa em plena madrugada, da proximidade e da intimidade daquelas(es) que eu nunca vi, mas que de alguma forma sentiam a necessidade de me ter por perto, dos amigos que eu amava incondicionalmente sem nunca ter tocado, visto.

Nasci pra isso, nasci pra comunicar, falar, fazer companhia, ser ouvido, amar e ser amado, compartilhar. Impuseram-me as circunstancias a necessidade de abraçar outra carreira, trabalhar noutro segmento, como disse, estritamente por força das circusntancias; mas sem dúvida nasci e morrerei Radialista, ainda que o meio Rádio e as circunstancias peculiares do meu “trabalho”, por vezes me mantenham tão distante dele.

Sim, hoje a saudade bateu com força, e o sentimento de perda também.

Caminhando…


A amizade verdadeira engendra raízes que se perpetuam por toda a vida; ainda que alguns sobresaltos , hífens, vírgulas, apostos, teimem em se impor esporadicamente.

O importante é que o carinho, o respeito , a saudade… Sempre, sempre, sempre dão um jeitinho de conspirar e nos conduzir ao reencontro de quem tanto amamos.

Nem lá, nem cá…

Odeio cobranças, mas via de regra retribuo as manifestações de carinho que recebo; sejam emails, recados via Orkut, comentários no blog. E não por me sentir obrigado ou intimado a reagir diante de algum estímulo que me fazem, mas principalmente pela necessidade que tenho de formalizar e por conseguinte, manifestar publicamente o carinho e respeito que alimento por quem me cativa.

Como disse, não me sinto obrigado a nada, seja a gostar de alguém ou gritar aos quatro cantos que a adoro; mas garanto que muito rapidamente consigo desenvolver um sentimento de antipatia por quem não respeita limites, os meus limites, arvora para si o direito de acreditar que domina o meu tutorial, ou a quem simplesmente negligencia meu carinho, e me dispensa comentários ou mensagens esporádicas de “respeito, consideração, saudade”…

Quem me conhece sabe que é assim; sabe como funciono, e não ousa contrariar meu principios, vicios, loucuras, desatinos; quando entendem isso me conquistam, me atraem, me ganham por inteiro. Como diz a máxima: “Nem oito, nem oitenta…”

Tava só passando…



Existem pessoas que entram de mansinho em nossas vidas, chegam como quem não quer nada, se encostam, encantam, apaixonam…Mas, como tudo que é bom, elas infelizmente vão embora…


Deixam uma saudade danada, é duro… Mas deixam também a lembrança do sorriso, da alegria, de um vinho que não foi tomado… Mas sobretudo a certeza de que ainda é possível apaixonar-se e ser feliz; de que os iguais e não os opostos podem se respeitar e amar; além de uma pequena esperança no fundo do peito de que um dia voltem… E quem sabe pra ficar.

Coisas do Brasil

Guilherme Arantes

Composição: Guilherme Arantes/ Nelson Motta

Foi tão bom te conhecer, tão fácil te querer
Triste não te ver por tanto tempo
É bom te encontrar, quem sabe feliz
Com a mesma alegria
De no … vo
Mais uma vez, amor
Te abraçar, de verdade
Há sempre um novo amor
E uma no … va saudade

Coisas do Brasil, coisas do amor
Luzes da cidade acendendo o fogo das paixões
Num bar à beira-mar
No verde-azul do Rio
De Janei … ro
Mais uma vez, amor
Te abraçar, de verdade
Há sempre um novo amor
E uma no … va saudade

Coisas do Brasil, coisas do amor
Luzes da cidade acendendo
O fogo das paixões
Num bar à beira-mar
No verde-azul do Rio
De Janei … ro

Coisas do Brasil, coisas do amor
Luzes da cidade acendendo o fogo das paixões
Num bar à beira-mar
No verde-azul do Rio

Um ano de Saudade

No último dia 29 de Outubro, antes de ontem, este blog completou um ano de vida; confesso que nem eu mesmo acreditei que pudesse durar tanto. Na verdade, acho que durou porque surgiu num momento difícil, pra registrar uma emoção muito forte e numa ocasião que me marcou profundamente.

E é sempre é assim, pelo menos comigo; tudo que surge da dor, acaba perdurando por muito tempo, seja pela própria natureza ou intensidade com que a dor me abateu, ou mesmo pelo aprendizado e lições que deixou.

Enfim, este blog que começou no dia 29 de outubro de 2008, completou um ano na última quinta feira, precedendo por horas o último dia em que estive no ar; o dia em que me despedi da rádio por motivos descritos no link que postarei lá embaixo, e que então encarei um outro projeto: Cursar duas Pós-Graduações ao mesmo tempo, numa tentativa evidente e desesperada de remediar a crise de” abstinência” que se abateu sobre mim.

Assim, feliz pelo êxito da iniciativa despretensiosa de me expor neste espaço, coisa que venho fazendo desde o último ano, resolvi “celebrar”, ou tentar transmitir um pouco do que senti há exatamente um ano atrás; deixando além do link para a página completa de 2008, a transcrição do texto que encerrou minha noite de despedida em 31 de outubro de 2008.

Obg aos amigos bloggeiros, e às queridas e maravilhosas pessoas que me conquistaram através do rádio, os ouvintes de todo o interior do Estado que me acompanhava via satélite toda noite, e que se incorporaram à minha vida de maneira decisiva, e que sempre estarão guardadas nas lembranças e no coração.

Obg amigos, fiquem com Deus. Amo cada um de vcs.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Hoje

Como fiz ao longo desses últimos 19 meses, hoje me preparei como todos os dias pra vir trabalhar, mas com uma expectativa diferente… Com o coração invadido por uma dor tremenda, por um sentimento de perda e impotência que eu ainda não conhecia; hj foi diferente, olhei as ruas uma a uma enquanto dirigia, cada cruzamento, prédio, paisagem que pude contemplar, como se não os fosse encontrar mais, como que fossem paisagens que em alguns instantes eu tivesse que esquecer, como que não mais me pertencessem; eu que sempre fui afobado, atrasado, que na maioria das vezes saí de casa em cima de hora, correndo; Hoje vim devagar.

Segui a mesma rotina, de dormir, comer, tomar banho e procurar a roupa mais cômoda pra vir a rádio, preparar meu lanche, e arrumar minha bolsa…mas hoje uma explosão de imagens sequenciadas quase que como um filme acelerado, começou a ser repetido de forma incessante e tão rápida que tornou-se lenta, assustadora.

E Hoje, como sempre, antes de sair de casa agradeci à Deus pela oportunidade de vir trabalhar no que amo e voltar pra casa em segurança; mas hj também pedi forças pra me conformar com a perda, pra conseguir encerrar esta historia, pra não chorar tanto quanto ontem, pra suportar a dor que me sufoca agora enquanto estou no ar, e não consigo parar de chorar enquanto escrevo essa mensagem. Meu Deus.

Homenagem

Adeus Patrick Swayze

Interrompi o jejum pra prestar uma justa homenagem a esse cara,;impossível não associar algumas passagens memoráveis de minha vida á Shes like the wind, uma grande perda.



Da Redação
14/09/2009 – 21h28


Do Uol:

O ator norte-americano Patrick Swayze morreu hoje, aos 57 anos, após longa batalha com um câncer de pâncreas diagnosticado pela primeira vez em 2008. Uma porta-voz anunciou que a família estava ao lado dele.

“Patrick Swayze nos deixou pacificamente hoje com a família ao seu lado, depois de enfrentar os desafios de sua doença nos últimos 20 meses”, dizia o comunicado divulgado nesta segunda à tarde pela relações públicas do ator, Annett Wolf.

Quando foi diagnosticado o câncer, Swayze continuou trabalhando. Escreveu suas memórias em parceria com a mulher e gravou “The Beast”, série dramática produzida pela A&E para a qual ele havia feito o piloto. Quando foram ao ar nos EUA, no início do ano, os 13 episódios da primeira temporada atraíram respeitáveis 1,3 milhões de espectadores. Mas a emissora decidiu não assinar uma segunda temporada.

Swayze disse que optou por não usar analgésicos enquanto estava gravando “The Beast” porque elas tirariam a intensidade de sua interpretação. Ele reconheceu que seu tempo estava se esgotando devido à natureza grave de sua doença.

Quando ele foi à público anunciar que estava doente, deram-lhe apenas algumas semanas de vida, mas seu médico disse que a situação era “consideravelmente mais otimista”.

“Eu diria que cinco anos é mais do que um desejo”, disse Swayze em entrevista à apresentadora Barbara Walters, da rede de televisão ABC, no começo deste ano. “Dois anos parece provável se você acreditar em estatísticas. Quero durar até acharem uma cura, o que significa que tenho que correr atrás disso”



Sem vontade de escrever, sem idéias, inspiração, apenas pensando no que poderia ter feito, no que deixei de fazer por medo, ansiedade, insegurança… Nas possibilidades que me ofertaram, nas vontades que reprimi, nos sonhos que em que desacreditei, nos desafios que virão. Vontade de beijar, de querer bem, de ser algo diferente do que já quis ser mas não pude.

Quanto à vontade de chorar? Que permaneça do meu lado, até porque sobre ela não tenho qualquer controle, mas uma coisa garanto:Pelo menos hoje não vou chorar; não me permito.

Muito por dizer eu sei, mais ainda por viver. Nenhuma disposição pra contar histórias, falar de mim, da alma, do coração.

Vontade apenas de deitar na rede sintar o vento e o silêncio da noite.